Centro de Pesquisas Sociais, FGV
Acompanhar a desigualdade brasileira até 2001 era um tanto monótono, era como se ela fosse uma constante da natureza. Depois disso, a desigualdade medida pelo índice de Gini, por exemplo, cai entre todas as sucessivas PNADs até 2009. O que aconteceu desde então? Finda a década no sentido gregoriano da palavra, o que podemos dizer da desigualdade e da pobreza nos anos 00s? Chegamos ao mínimo das séries históricas iniciadas em 1960? A renda real das pessoas cresce ao ritmo maior ou menor que o Pib em 2010? Qual foi o impacto da subida da inflação? Nos últimos meses a pobreza voltou ao ritmo de queda de antes da crise internacional? O que pode se esperar?
A pesquisa ainda responde a perguntas como: para quem a renda teve maior aumento, homens ou mulheres? Analfabetos ou universitários? Pretos, pardos ou brancos? qual grupo teve mais ganhos? Onde a renda cresceu mais, no “sul maravilha” ou no nordeste? No campo ou nas maiores cidades e nestas nas favelas, ou nas periferias? Se controlarmos por todas estas características ao mesmo tempo, qual delas se destaca no avanço da renda?
Ou ainda o que explica a mudança na média e na desigualdade de renda nestes segmentos? Rendas advindas do Estado ou a renda do trabalho? Qual o papel de componentes clássicos do mercado de trabalho como taxas de desemprego e de participação, jornada de trabalho e do chamado bônus demográfico? como ele se compara com o que denominamos na pesquisa de bônus educacional para explicar as mudanças nos níveis de renda e nas mudanças da desigualdade entre grupos.
Dispositivos interativos de consulta a bancos de dados serão disponibilizados no site do estudo, onde o internauta pode visualizar os números da renda, pobreza e desigualdade na década, além de textos, vídeos e links.