Centro de Política Social, FGV
A chamada nova classe média tem ocupado destaque na agenda das empresas privadas, dos gestores públicos, dos políticos e dos demais mortais no Brasil como em outros lugares. Numa época de estagnação global observada depois da crise internacional, a ascensão econômica e social de dezenas de milhões de pessoas tem contribuído para manter a economia global girando. Em particular, os países dos BRICS que abrigam mais da metade dos pobres do mundo hoje, multiplicará até 2050 por 7 a sua relação com a renda gerada nos países do G7. No centro desta massiva transformação de pobreza presente em riqueza futura está a nova classe média dos BRICS que talvez seja a face humana mais palpável desta revolução. A presente pesquisa discute aspectos globais e locais da ascensão dos brasileiros.
Inicialmente a pesquisa analisa diferenças e semelhanças de grupos emergentes entre países emergentes. Especial destaque é dado ao grupo dos BRICS, contrastando elementos diversos tais como: Quanto o crescimento macroeconômico se reflete no bolso do cidadão comum? Quem melhora mais em cada país: a base, o meio, ou o topo da distribuição de renda? Em que medida as transformações observadas são sustentáveis no tempo? Para além de melhoras objetivas, como estão atitudes e ações das pessoas em relação ao futuro. Segundo alguns a nova classe média seria formada por protagonistas de plano de ascensão social, aqueles que almejam transformar sonho em realidade. Depois da crise global, qual é a expectativa da população de cada país sobre a respectiva satisfação com a sua vida no futuro? Em síntese, qual é a qualidade percebida pela população do crescimento das nações?
Passando do nível global ao local, mapeamos nos mais de 5500 municípios brasileiros a distribuição das classes econômicas pelo critério FGV. Chegando ao momento atual, a pesquisa pergunta quanto cresceu em termos líquidos diferentes estratos econômicos da sociedade brasileira no período recente? Acompanhando a trajetória de famílias individuais até maio de 2011, quantas progrediram, e quantas regrediram? Quanto educação e trabalho explicam a ascensão de classes? Por fim, quais são os elementos centrais da agenda de políticas públicas e ações privadas para a nova classe média brasileira?